Na semana que foi comemorado o dia mundial da água, refleti sobre o que se vem debatendo e me dei conta que nos últimos anos a maioria dos artigos aborda sobre a possível falta de água no mundo. Será que isso está perto de acontecer?
Muito se escuta e especula-se sobre a falta e a contaminação da água, havendo afirmações de que as guerras pelo petróleo que acontecem hoje, num futuro próximo serão pela água. Outros ao fazerem suas análises dizem que o maior incentivo da economia americana seria a venda de armas, por isso os Americanos se envolvem tanto em guerras e, que um bom motivo para iniciarem guerras com a América do Sul, no futuro, seria a água e a Amazônia.
Penso que antes de analisarmos futuros porquês, temos que nos conscientizar de que é fato o problema água e que temos responsabilidade de preservar e, principalmente, despertar e incrementar a cultura, desde cedo nas crianças, no que se refere à importância e cuidado com ela, criando projetos para sua preservação e até mesmo reutilização da água que muitas vezes usamos de forma tão desnecessária. Se informarmos os jovens, caracteristicamente altruístas nesta faixa etária, teremos, certamente, parceiros para incrementar um trabalho de reconstrução de idéias e de atitudes, assim como, impulsionadores de pequenos grandes projetos.
Num mundo em constante mudança e evolução, é um absurdo não começarmos a ter preocupações em criarmos condições básicas e projetos simples para preservar a água, o que no nosso País e, em especial, em nosso Estado temos muito, quando em outros locais sabemos que a água quase não existe. Parece que continuamos com a velha mania de que enquanto temos, não cuidamos e, quando perdemos, damo-nos conta do quanto faz falta.
É bom escovar os dentes com a torneira aberta, tomar um banho demorado, lavar o carro todo final de semana ou a calçada conversando com a vizinha… , mas como está, até quando as pessoas poderão fazer isso?
Eis uma questão de consciência, respeito e ética, acima de tudo, para que as gerações futuras não sofram com nossos erros, mas também, extremamente necessária e urgente de ação responsável. Não fique parado!
Autor: Saulo da Silva Gil
Publicado no Jornal O TIMONEIRO Canoas, 2 a 9 de abril de 2009